Passaram-se mais de vinte anos mas acabou por acontecer. Corriam os anos 1970 e Celina Pereira presenciava um espectáculo ao lado do seu tio Aristides Pereira quando subiu ao palco um tocador de kora. «Naquele dia descobri um instrumento lindíssimo com uma sonoridade celestial e comentei com o meu tio Aristides. Ele disse-me: porque não… [Ler]
Pintar a Música
Já imaginou um indivíduo correndo atrás de uma corneta de tabanka? Não se preocupe. Mito já o fez e o resultado está patente num dos seus quadros a que chamou “Si stau”. Juntamente com Kiki Lima, David ou Miguel Levy Lima, Mito é um dos grandes nomes da pintura cabo-verdiana residentes na Grande Lisboa. Como… [Ler]
Catchupa, Grogue e Discotecas
Apesar de não ter sido determinante, os restaurantes tiveram um papel significativo na divulgação da música cabo-verdiana. Quando vão almoçar ao Espaço Cabo Verde ou à sede da Associação cabo-verdiana, na rua Duque de Palmela, os clientes portugueses querem ouvir uma morna enquanto comem uma catchupa e dançar uma coladera ou um funana depois da… [Ler]
Nos Bairros há Tradição
«Os bairros são núcleos de sobrevivência da cultura cabo-verdiana», disse-me um dia o açoriano Eduardo, um dos fundadores da associação Moinho da Juventude, na Cova da Moura, o mais conhecido dos bairros de imigrantes cabo-verdianos da Grande Lisboa. Foi nesse bairro onde os casamentos e baptizados proporcionavam sessões de batuque – e por iniciativa da… [Ler]
Gravar em Lisboa
Gravar em Lisboa Nove álbuns em 11 anos! O número é espantoso mas real. O responsável pela proeza é o cantor Fortinho. «Eu tinha participado num álbum do grupo angolano Yerassa e como os responsáveis da editora Vidisco gostaram da minha voz, deram-me uma oportunidade de gravar e assinamos um contrato de três anos. Acabei… [Ler]
Os Precursores
Entre 1934 e 2004, dezenas de músicos cabo-verdianos passaram por Lisboa. Uns apenas conseguiram gravar um disco antes de desaparecerem da cena musical enquanto que outros afirmaram-se definitivamente no meio artístico pela obra realizada. São eles B.Leza, Fernando Quejas, Bana, Paulino Vieira, Dany Silva, Tito Paris, Titina e Celina Pereira, entre outros. O maior compositor… [Ler]
Estrelas e Anónimos
Maria Alice Enquanto passava a ferro em casa de uma senhora a troco de algum dinheiro, Maria Alice tinha por hábito cantarolar algumas mornas que levara do Sal no coração. Como muitos compatriotas, encontrou a música em casa quando nasceu pois ali se tocava violino e violão. Contudo, seria como cantora que se destacaria, participando… [Ler]
Vozes de Jovens
Vozes de jovens «Onde situar o rap em crioulo, língua-de-calão produzido e consumido pelos jovens negros portugueses? No espectro da ‘nova’ música africana ou na categoria de rap negro português?», interroga António Concorda Contador em “Cultura juvenil negra em Portugal”, sua dissertação de mestrado. Para Boss AC, a pergunta não faz sentido: «Evito rótulos e… [Ler]
Música Cabo-verdiana em Lisboa
Foi em Dakar onde foram lançadas as sementes de Voz de Cabo Verde, nos anos 60, e de Cabo Verde Show, em finais de 70, dois históricos conjuntos que marcaram a música do arquipélago. Quanto à Roterdão, após ter sido terra de acolhimento de toda uma geração de músicos oriundos das ilhas, tornou-se na capital… [Ler]